quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comissão da CNBB sai em defesa de Dilma

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifestou-se, por meio de nota, "preocupada com o momento político na sua relação com a religião". "Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente", afirmou a entidade, no comunicado.

A manifestação deve endereço certo: o bispo de Guarulhos (SP), d. Luiz Gonzaga Bergonzini, que tem pregado o voto contrário à candidata petista Dilma Rousseff e um debate sobre o aborto que tomou conta das campanhas dos dois candidatos à Presidência.

"Dos males, o menor", tem dito d. Luiz Gonzaga, ao defender o voto contrário a Dilma que, segundo ele, apoia o aborto. O bispo tem usado suas missas para acusar Dilma e o PT de terem incluído em seu programa de governo a defesa do aborto. Guarulhos, na Grande São Paulo, tem 1,3 milhão de habitantes.

Para o secretário-executivo da Comissão Justiça e Paz, Daniel Veitel, Dilma foi a única candidata que se declarou claramente a favor da vida. "O José Serra (presidenciável do PSDB) não tem uma posição clara", criticou. Veitel lembrou que a CNBB não impôs veto a ninguém nas eleições. Afirmou ainda que alguns grupos continuam induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem nisso.

"Constrangem nossa consciência cidadã, como cristãos, atos, gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia, desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e comprometendo a comunhão eclesial", afirma a nota da comissão.

Um comentário:

  1. essa carta da CNBB poderia ser apresentada para mostrar quem realmente faz aborto. ele não apoia ele faz abortos!!! vide o site o original do documento da cnbb.
    http://www.providaanapolis.org.br/cnbbserr.htm


    CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

    45ª Reunião Ordinária do Conselho Permanente

    Brasília -DF, 22 a 25 de agosto de 2000


    Excelentíssimo Sr. Dr. José Serra

    Ministro da Saúde


    Senhor Ministro,


    Em nome do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunido em Brasília/DF, de 22 a 25 deste mês, venho manifestar nosso apreço pelas iniciativas em tornar os medicamentos mais acessíveis à população brasileira. Merece destaque o congelamento do preço dos remédios até o fim do ano corrente.

    Não podemos, porém, deixar de expressar nossa rejeição à assinatura, em 9 de novembro de 1998, da Norma Técnica "Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes", a qual instrui os Hospitais do SUS a praticarem aborto em crianças de até cinco meses de vida, que tenham sido geradas em um estupro. Como pastores da Igreja, entendemos que é nossa missão trabalhar sempre em favor da vida, e que a criança concebida tenha sua vida tão respeitada quanto a vida da mulher violentada.

    Em defesa da "cultura da vida" e da consciência ética, tão defendida pela Igreja, que qualificou o aborto de "crime abominável", solicitamos a revogação imediata de tal Norma Técnica, ao mesmo tempo que pedimos assistência prioritária às vítimas de violência sexual. Dispomo-nos a fazer o que estiver a nosso alcance para assistir as mulheres estupradas, sem, porém, jamais atentarmos contra a vida do nascituro.

    Pelo Conselho Permanente da CNBB

    Dom Raymundo Damasceno Assis

    Secretário Geral da CNBB

    Brasília, 25 de agosto de 2000.

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